Robert Steinadler, há um ano
Uma queda pode sempre acontecer em qualquer mercado e esta é habitualmente um evento muito raro. Esse não é o caso com a Bitcoin, dado que as quedas são eventos que acontecem muito regularmente. Ao contrário do mercado bolsista, a Bitcoin e os outros ativos de criptomoedas sofrem quedas regularmente e, habitualmente, são antecedidas por uma subida de antemão.
Isto deixa-nos com a interrogação se uma queda é algo de bom, ou não, em alguns aspetos. A Bitcoin desceu praticamente 51% desde o seu máximo histórico. Será que esta perda é inevitável?
O mercado de criptomoedas é conhecido por uma coisa: a sua volatilidade. O que significa que todos os ativos podem mover-se num curto período de tempo dentro de um enorme intervalo de preço. Isto cria inúmeras oportunidades e muitos investidores sonham tornar-se milionários com as criptomoedas ao investirem em projetos de criptomoedas que realizam 100x ou mais em retorno.
Se o mercado crescer num curto período de tempo, este prepara o palco para liquidações brutais. O motivo é simples. Muitos projetos de criptomoedas começam com o financiamento inicial ou uma espécie de ICO para angariarem capital. Isso significa que há imensos investidores envolvidos que compram a um preço que era drasticamente mais baixo do que o mínimo histórico no mercado secundário.
Embora seja verdade que os tokens acarretam o risco dos investidores iniciais empurrarem o preço para baixo para obterem ganhos, este não é o caso com a Bitcoin.
O mercado move-se em ciclos. Isto é, pelo menos, uma teoria sobre como ler o movimento de preço dos últimos 9 anos. Em dezembro de 2013, a Bitcoin atingiu o pico em torno dos 1300 dólares americanos, caindo poucos dias depois para os 393 dólares americanos. Em dezembro de 2017, a BTC atingiu o pico em torno dos 20 000 dólares americanos e continuou a cair até fevereiro de 2018 quando atingiu um mínimo temporário de 6100 dólares americanos.
Parece que testemunhamos outra queda muito similar às que assistimos antes. A Bitcoin é um ativo altamente especulativo, o que significa que as boas notícias a transportam para novos máximos e as más notícias podem fazê-la ruir astronomicamente. Lembra-se do que aconteceu quando Elon Musk anunciou que a Tesla ia passar a aceita Bitcoin? Esses foram os bons tempos, certo?
Mas quando a China baniu a Bitcoin ou o FED vai alterar a sua política monetária folgada, as coisas podem ficar bastante difíceis dentro de apenas um par de semanas.
Os movimentos passados do mercado não são, de forma alguma, uma garantia do que se irá comportar de igual modo na situação atual. Mas também é um facto que se tivesse comprado no topo anterior em 2017, ainda estaria a sair-se bem, apesar da situação atual.
Inúmeras empresas e inclusive todo um país estão a desenvolver assentes na Bitcoin. O facto de que El Salvador, a MicroStrategy, e inclusive Jack Dorsey trabalham a tempo interior na Bitcoin são bons indicadores de que esta vai permanecer entre nós um pouco mais. Embora seja difícil prever para onde se moverá o mercado no futuro, é seguro afirmar que uma queda não é um motivo para pensar que a Bitcoin e o mercado de criptomoedas vão desaparecer.
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