, há 2 anos
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, realizou outra movimentação poderosa quando anunciou que o seu país irá desenvolver e gerir a primeira cidade Bitcoin do mundo. O projeto será financiado pelos designados títulos vulcão, que também serão utilizados para recomprar Bitcoin do mercado e partilhar o lucro após 5 anos com os investidores. Mas além de desenvolver cidades futuristas e tornar a Bitcoin uma moeda corrente, El Salvador tem um apelo por compras em baixa.
Desde 2020 que muitas empresas optam por investir na Bitcoin. Entre estas, podemos encontrar a MicroStrategy, que tem estado a liderar o caminho com um investimento acima de 100 000 BTC. Todavia, também há um par de países que estão a comprar Bitcoin. Muitos destes decidiram apostar na BTC porque capturaram carteiras durante investigações das agências da leia. Mas este não foi o caso de El Salvador, ao invés, o Presidente Bukele está a utilizar as descidas no mercado para financiar infraestrutura adicional.
A 27 de novembro, Bukele anunciou no Twitter que o país comprou 100 BTC quando o preço caiu para os 54 377 dólares americanos. Acrescentando mais um molho, El Salvador detém agora mais de 1220 BTC, isto aquando da escrita deste artigo. A questão é se outros países vão seguir o exemplo. Muitos especialistas acreditam que este poderá ser o caso se o tesouro de Bitcoin do país tornar-se numa história de sucesso. Por ora, o país está a utilizar a Bitcoin como uma vantagem apesar do facto de que a sua economia é considerada muito pequena e pouco significativa.
O FMI avisou El Salvador sobre a utilização da Bitcoin como moeda corrente e a sua adição ao tesouro nacional. Contudo, a inflação está a aumentar, não lentamente, mas mais rapidamente conforme demonstram os dados. Muitos analistas, em conjunto com o BCE e o FED, acreditam que a inflação terá um efeito saudável na economia global e que esta é apenas transitória.
Os Bitcoiners, por outro lado, estão muito céticos quanto a esta avaliação e veem o aumento da inflação como uma crise sistémica que fará mais mal do que bem. Eles acreditam que a Bitcoin salvará as pessoas comuns e, inclusive, os países, dado que esta é um bem escasso que detém muitas vantagens em relação a outros ativos tradicionais como o ouro.
Continua por ver-se quem está certo e quem está errado em relação às opiniões tão vincadas relativamente à inflação. Aquilo que não pode ser negado é o facto de que apesar da alta volatilidade, a Bitcoin é um dos ativos mais bem-sucedidos no século XXI. Caso este sucesso tenha continuidade, talvez a inflação não seja o mais importante quando se resumir à questão de se os países devem, ou não, ter Bitcoin.
Registe-se para manter-se informado através das nossas atualizações por e-mail