Erik Weijers, há um ano
Na semana passada, o fundador da Ethereum Vitalik Buterin apresentou um novo tipo de token: o token soulbound (SBT). É um tipo de NFT que não pode ser negociado. Porque não? Porque este token está inextricavelmente ligado à identidade de alguém, ou “alma” (soul).
Num whitepaper, Vitalik e os seus coautores explicaram o uso para esta classe de tokens, que só existem no papel. Considere os pontos seguintes, os quais não faria sentido e seriam inclusive ilegais de negociar:
Afinal de contas, nem tudo no mundo é negociável. Mas para dar início à Web3, deve haver homólogos on-chain aos das coisas não negociáveis.
O que é a alma (soul)? É uma carteira para a qual os SBTs podem ser transferidos, que representa essas propriedades únicas. Por exemplo, um diploma, ou o facto de que participou numa conferência. Uma soul não corresponde diretamente com uma pessoa. Uma pessoa pode ter múltiplas souls, tal como agora tem múltiplas carteiras de criptomoedas. A diferença é que não pode negociar aquilo que se encontra numa carteira soul.
É importante para o sucesso a longo prazo da Ethereum (e de outras cadeias de camada 1) que expandam o seu alcance para o mundo real. Até agora, as Finanças Descentralizadas estão principalmente “a brincar com as próprias no parque de diversões”. Mas trocar tokens para trás e para a frente que não estão ligados ao mundo real é apenas um caso de uso limitado. Enquanto entusiastas das criptomoedas, contamos com mais. Considere coisas como empréstimos sem garantia. Isso é difícil de fazer sem algo como um resultado de crédito associado a um mutuário.
Claro, os NFTs podem ser utilizados para representarem direitos de propriedade. No entanto, os SBTs podem ser utilizar para decompor melhor os direitos de propriedade em direito de utilização, consumo, benefício e sublocação. Por exemplo: envio-lhe um SBT que lhe dá o direito de subalugar o meu apartamento. Mas não o pode subalar novamente, porque o SBT está inextricavelmente ligado à sua carteira soul.
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