Robert Steinadler, há um ano
A Ethereum 2.0 é um projeto gigante e era claro desde o início que o roteiro está cheio de obstáculos e os lançamentos agendados poderão ser adiados. O mundo ficou excitado quando se tornado claro no início deste ano que a designada Merge (fusão) poderia ter lugar no início do verão deste ano.
Agora que o evento foi cancelado da data prevista para junho, haverá um atraso no início da Merge. O que é a Merge, porque é tão importante e porque é que foi adiada?
A maioria das pessoas antecipou junho de 2022 como o possível ponto de reviravolta para a blockchain Ethereum. Para mudar da Ethereum da prova de trabalho para a prova de participação, toda uma nova blockchain tem de ser criada. A Merge é um evento no qual a antiga blockchain Ethereum acoplar-se-á à novíssima blockchain Ethereum 2.0, daí o nome Merge.
Foi através do Twitter, quando o programador Tim Beiko, explicou que a Merge não acontecerá em junho, mas que está prevista para os meses posteriores. Isto coloca o evento algures entre o final do verão e o outono. Não é a primeira vez que o progresso é atrasado. Beiko acrescentou que não há uma data definida, mas que a Ethereum está muito perto de ver o final da mineração e de fechar o capítulo da prova de trabalho.
A Ethereum é a maior plataforma de contratos inteligentes no planeta e a sua vantagem deve-se ao facto do efeito da rede ainda durar. A Ethereum 2.0 não só se destina a remover a necessidade de mineração, mas também acelerar a rede que ainda enfrenta problemas com as taxas e a escalabilidade.
Parece que ambos os problemas permanecem uma questão a ser resolvida, não só pela Merge, mas também pelo Sharding. Dado que o Sharding pode não tornar-se disponível até 2023, é ainda mais importante ter soluções de camada 2 sólidas. Assim que a troca for realizada e a Ethereum tornar-se numa blockchain prova de participação, o trabalho não acaba aqui.
As implementações de camadas 2 como a Optimism ou a Arbitrum atraíram milhares de milhões de dólares em termos de valor total bloqueado. Sem o Sharding, estes protocolos permanecem muitíssimo importantes e vitais para o ecossistema Ethereum dado que a prova de participação é simplesmente mais um passo para a Ethereum 2.0, mas não é a última peça do puzzle na qual os programadores têm vindo a trabalhar nos últimos três anos.
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