Robert Steinadler, há um ano
A Zilliqa pretende revolucionar o design e a criação de um ecossistema de dApps. Ao contrário de outras blockchain, esta já oferece uma variedade de dApps com produtos e serviços funcionais. A Zilliqa alcançou-o oferecendo uma infraestrutura blockchain assente numa incentivada rede global de computadores distribuídos. Alguns dos seus recursos podem soar-lhe familiares caso já conheça alguns dos básicos da tecnologia blockchain.
Esta foi criada em 2017 por Amrit Kumar e Xinshu Don, com uma ICO bem-sucedida de 22 milhões de USD nesse mesmo ano. A mainnet tornou-se pública em 2019 e oferece contratos inteligentes, bem como uma maior taxa de transferência da transação do que a Ethereum ou do que algumas das outras blockchains concorrentes neste campo.
Que mais tem a Zilliqa para oferecer e como é que esta tecnologia funciona? Neste artigo, vamos mergulhar nas especificações e capacidades da Zilliqa.
O sharding é uma tecnologia que, de facto, vai ser utilizada na Ethereum 2.0 no futuro. A Zilliqa, por outro lado, integrou essa tecnologia no início e já está a utilizá-la. Uma blockchain tem habitualmente espaço limitado por bloco e, por conseguinte, há um limite de transações que podem ser processadas. Dado que a maioria das interações com dApps são servidas como transações na blockchain, é fácil constatar o porquê de uma blockchain poder encontrar rapidamente problemas quando serve dApps a milhares ou inclusive milhões de utilizadores.
O sharding permite que a rede processe transações paralelas e, por conseguinte, a Zilliqa é altamente escalável quando comparada com outras tecnologias blockchain, permitindo até 2800 tp/s na rede Zilliqa. Há três níveis básicos de sharding envolvidos na Zilliqa:
O mecanismo de consenso da Zilliqa designa-se por tolerância prática de erro Bizantino (pBFT). É utilizado para criar consensos entre todos os shards na rede. Ao contrário da Bitcoin, a blockchain Zilliqa não depende apenas da prova de trabalho, mas de uma combinação quer da prova de participação como da prova de trabalho. Neste caso, a prova de trabalho não é necessária para alcançar o consenso, mas para assegurar que a rede é mais resistente aos ataques. Isto, como é óbvio, oferece a oportunidade de criar rendimento passivo através do staking. Também é notável que os contratos inteligentes na Zilliqa sejam escritos na sua respetiva linguagem de programação, designada por Scilla.
O token nativo da blockchain Zilliqa designa-se ZIL e também é conhecido pelo mesmo ticker. Dado que a Zilliqa começou com uma ICO, a primeira geração de tokens ZIL foi vendida na blockchain Ethereum durante a venda de tokens. Em 2020, estes tokens ERC-20 foram trocados pela forma atual da ZIL, que é nativa na blockchain Zilliqa.
A ZIL é utilizada para pagar taxas de transação na rede, bem como para interagir com contratos inteligentes e com o ecossistema dApp. O staking na Zilliqa é consideravelmente fácil e inclusive acessível para os investidores individuais, dado que só precisa de atribuir a sua participação a um validador da sua carteira e pode começar a ganhar rendimentos na ZIL que já tenha. A ZIL também pode ser utilizada para enviar e receber pagamentos, mesmo embora a sua função no ecossistema dApp seja mais significativo. Outro caso de uso da ZIL é a governação on-chain. A participação é concedida por deter gZIL, o token de governação da Zilliqa. No primeiro ano da emissão do token, os detentores a longo prazo foram recompensados com gZIL enquanto faziam o staking com ZIL.
A Zilliqa já oferece uma variedade de dApps e, aquando da elaboração deste artigo, as finanças descentralizadas na Zilliqa têm um valor total bloqueado de 23 milhões de USD. O ecossistema oferece os seguintes casos de uso:
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